quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

SLB do Norte 0 - 0 Boavista FC 0

A deslocação a Braga vinha num momento importante para o Boavista, mas adivinhava-se dificil. Era importante pois este era o último jogo antes do final do ano e depois do Boavista conseguir uma saborosa vitória no Bessa. Dificil pois o Braga está com a moral elevadissima pelo apuramento para fase seguinte da Uefa. Claro que a tudo isso a eterna rivalidade entre os dois clubes.

O Boavista entrou melhor e parecia mesmo a equipa que jogava em casa. Autoritária na defesa, pressionante a meio campo e a jogar em toda a largura do terreno o Boavista assumia as despesas do jogo. A equipa bracarense não conseguia pegar no jogo nem ter a bola, o que impacientava os adeptos. Gilberto não dava espaço a Wender, Mário Silva controlva os movimentos de Jorginho enquanto no meio campo Fleurival e Rissut iam ganhando as disputas a meio campo. Marcelão e Ricardo Silva chegavam e sobravam dominando o jogo aéreo. As despesas do ataque ficavam a cargo de Jorge Ribeiro que ia alimentando os velozes Zé kalanga e Mateus que através das alas procuravam servir o irrequieto Fary. Era seguramente um bom período do Boavista. Até que aos 20 minutos o Braga conseguiu equilibrar a partida e o jogo começou a ser mais dividido pelos dois meios campos.

O ritmo de jogo era intenso, com os jogadores de ambas as equipas a entregarem-se ao jogo como se de uma final se tratasse. A bola circulava agora nos dois meios campos, mas ainda assim sem dar muito trabalho aos guarda redes. As alas do Boavista obrigavam a defesa bracarense a alerta máximo e o contrário era verdade, sendo que no entanto Gilberto e Mário Silva cumpriam as obrigações.

O nulo verificado ao intervalo penalizava o Boavista e era lisonjeiro para o Braga.

Durante o intervalo os treinadores das duas equipas devem ter procurado corrigir a postura das suas equipas. Esperava-se por isso um Braga mais acutilante, mas uma vez mais foi o Boavista quem entrou melhor. Só que desta vez o Braga não demorou tanto tempo a equilibrar a partida. A procura da posse de bola era evidente por parte do Boavista que assim impedia e manietava o Braga em fazer o seu jogo.

O Braga começava a sentir a pressão de ter que vencer o jogo e o Boavista ia dando sinais de que poderia fazer estragos em Braga. Os espaços a meio campo eram agora maiores e mais frequentes, em especial no lado da defesa bracarense. O seu balanceamento no ataque ia abrindo brechas. Ficou a sensação que o Boavista não queria explorar esses buracos e que o poderia ter feito com mais insistência.

Nos últimos minutos do jogo a pressão bracarense aumentou e nessa altura valeu uma vez mais a boa forma de Peter Jelhe e a mestria e entrega de toda a equipa boavisteira. Suor e dedicação não faltou aos 14 elementos que alinharam vestidos de xadrez.



O nulo que se verificou no final do jogo premeia acima de tudo a entrega do Boavista que fez um jogo inteligente.

in www.boavistafc.pt

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