quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Boavista 2 - 0 Sporting

Vitória justa em noite de tradição

Depois da vitória em casa sobre a Naval e do empate em Braga, a recepção ao Sporting revestia-se de especial importância. Era um teste à tradição e um teste à subida de rendimento da equipa. Ficaram ambas confirmadas com inteira justiça.

Para este jogo Jaime Pacheco fez duas alterações no onze que actuou em Braga, com a inclusão de Bruno Pinheiro no lugar de Mário Silva e de Diákité no lugar de Rissut. De resto o posicionamento da equipa manteve-se inalterado. E uma vez mais foi o onze de xadrez quem começou melhor o jogo. Mandava em toda a largura do meio campo, atrás a defesa chegava e sobrava para o trio de avançados leoninos. Na frente Mateus e Zé Kalanga bem abertos nas alas procuravam manter em sentido a defesa do Sporting.

Logo aos 2 minutos um passe soberbo de Fleurival permitiu que Fary se isolasse, mas o remate não saiu nas melhores condições acabando por se perder na linha de fundo. Era um primeiro sinal da vontade da equipa da casa. Nos minutos seguintes o Boavista continuou a mandar no jogo e a bola praticamente só foi jogada no meio campo leonino, o que ocasionou algumas jogadas perigosas que no entanto não permitiram criar situações de golo evidente. Primeiro numa boa troca de bolas que culminou num remate de Fleurival por cima e depois uma boa arrancada de Zé Kalanga que viu o cruzamento ser desviado por Polga.



Apenas aos 18 minutos o Sporting conseguiu sacudir a pressão e aparecer na área boavisteira, ainda assim fruto de um bom lance individual de Vuckcevic que rematou para defesa apertada de Jehle. O guarda-redes axadrezado uma vez mais mostrava que estava em campo para brilhar. Mas o Sporting como que acordou e conseguiu equilibrar a partida. Desta vez durante alguns minutos a bola passou a rondar com mais perigo a defensiva boavisteira. Mas o Boavista mantinha as suas setas apontadas e Mateus num remate perigoso obriga Polga a esticar-se para cortar com o pé quando já cheirava a golo no Bessa. E o golo acabou por chegar na marcação de um canto. Cruzamento de Jorge Ribeiro, Ricardo Silva amortece de cabeça e Marcelão chuta para o fundo da baliza do desalentado Rui Patrício. Era a explosão no Bessa. A dupla de centrais mostrava que não só são perfeitos a defender como se entendem na frente e conseguem golos.

O golo era mais do que justo. A equipa do Bessa era superior ao Sporting em todos as zonas do campo. Mas na transformação de um livre directo Ronny quase que conseguia os intentos. Quase, se não fosse mais uma boa intervenção de Jehle, que sacudiu para canto. Até ao intervalo ainda houve tempo para mais um remate do Sporting, desta vez por Miguel Veloso, mas muito ao lado.

No reatar da partida, o Sporting apareceu mais afoito, mas é o Boavista que cria a primeira situação de perigo com um remate de Mateus após passe de Zé Kalanga, mas este saiu ao lado. Aos 52 minutos Peter Jehle negou o golo a Liedson, que conseguiu fazer o seu primeiro remate em todo o jogo. Era o Sporting a superiorizar-se e a conseguir assustar a defensiva boavisteira. Mas esta manteve a calma e foi resolvendo com mais ou menos dificuldade os lances na sua área. E Jehle voltou a brilhar aos 56, sacudindo para o poste um perigoso remate de Vuckevic. O jogo entrou numa fase mais aberta. Jaime Pacheco tirou Fary e reforçou o meio campo com a entrada de Rissut, e desta forma voltou a mandar no miolo.

Diákité continuava a mandar no meio campo, Jorge Ribeiro pautava o jogo de ataque no que era bem secundado por Fleurival. O Boavista voltou a dominar o jogo. E por isso não espantou quando numa grande arrancada Zé Kalanga serviu Jorge Ribeiro que com toda a calma marcou o segundo golo. Era o delírio nas hostes axadrezadas e o desalento na equipa de Alvalade.

Faltavam 7 minutos para acabar o jogo e estava encontrado o justo vencedor. O Boavista somava 3 justos pontos.

in www.boavistafc.pt

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