quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Boavista 3 - 1 Leiria

A expectativa para este jogo era grande. Depois de jogar e vencer um dos grandes, Sporting, iria defrontar o último classificado. Por outro lado o onze habitual de Pacheco nos últimos jogos estava desfalcado com as idas de Mateus e Zé Kalanga para a selecção Angolana o que iria obrigar a alterações nas alas.

O dia de chuva tornou o relvado pesado, o que sem dúvida beneficiaria o futebol mais directo e menos tecnicista. Por isso não estranhou que fosse a União de Leiria quem entrou melhor no jogo, contrariando a tradição boavisteira de dominar desde o primeiro minuto de jogo. O Boavista apresentou então Rissut e Laionel no onze habitual.

A União apostava nos lances compridos, mas sem criar perigo. O Boavista não conseguia acentar o jogo. Estava o jogo assim incaracterístico quando num cruzamento para a área João Paulo num remate a meia volta surpreendeu toda a gente e inclusive Jehel. Estava feito o golo da União no primeiro remate que fazia à baliza. Estavam jogados apenas 13 minutos.

O onze do Boavista não se atrapalhou e conseguiu mesmo acentar o jogo, impulsionado pelo seu público que demonstrou uma vez mais estar com a equipa.

O jogo estava mais equilibrado. Aos 26, 28 e 29 minutos o Boavista remata à baliza de Fernando, se bem que sem grande perigo era claramente um sinal que estava encontrada a pontaria. Aos 32 minutos gritou-se golo no Bessa mas o desvio de Fary apenas levava o poste como destino. Claramente o Boavista crescia.

Só que a União de Leiria estava em campo para fazer o seu jogo e João Paulo pretendia manter em alerta máximo o guardião boavisteiro. E quase o desfeitiou após um remate potente de Ngal que obrigou a defesa apertada de Jehel. Na recarga João Paulo encontrou de novo o corpo do corajoso guarda redes que impediu o golo quase certo. Foi o canto do cisne da equipa leiriense, mas podia ter sido um momento fatal para o Boavista. Estavam decorridos 36 minutos.

Logo de seguida um bom remate de Jorge Ribeiro e um minuto depois um cruzamento certeiro de Fleurival ao qual Fary em desiquilibrio ainda responde mas com uma cabeçada por cima da barra. Uma vez mais Fleurival colocou à prova a atenção de Fernando, com um remate em arco que ia entrando no angulo. Valeu a valentia do guardião leiriense, que acabou por sair lesionado do lance após choque com o poste.

O intervalo chegou com um resultado injusto.

Para a segunda parte o Boavista entrou a querer mostrar quem estava em casa e clarament quem queria ganhar o jogo.

Aos 57 minutos finalmente o golo axadrezado. Um livre à entrada da área a castigar falta sobre Fary, que Marcelão não perdoou. Do lance resultou ainda o acumular de amarelos de Eder e consequente expulsão. Previa-se agora um Leiria mais fechado e um Boavista mais pressionante.

Foi o que aconteceu. O meio campo do Boavista ia ganhando os lances, muito por mérito do trabalho de Diákité e Fleurival, ajudados por Jorge Ribeiro e pela subida dos laterais Rissut e Bruno Pinheiro.

Com tanta pressão sentia-se que o golo estava perto. Acabou por acontecer talvez no lance em que menos se esperaria. Um remate de longe de Jorge Ribeiro que o guarda redes Fernando acabou a defender para dentro da baliza. Era o virar do resultado e a justiça a vir ao de cima. Estavam decorridos 75 minutos.

Aos 79 minutos entrou Luis Loureiro, uma das aquisições de Inverno do Boavista, e saiu esgotado Fleurival. O meio campo do Boavista reagrupava-se e preparava-se para não dar veleidades ao União.

Aos 83 explusão de alegria no Bessa. Um grande passe de Diákité que isola Fary que na cara de Fernando teve toda a calma do mundo e fez o 3 a 1. Era o consagrar da vitória axadrezada, mas também o premiar um ponta de lança que se tinha batido e lutado com galhardia mas a quem o golo escapava.

Para a história fica a vitória do Boavista, a conquista de mais 3 pontos e acima de tudo o mostrar que a equipa tem soluções para as ausencias de alguns dos seus titulares.

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